Entidade solicitou apoio de auditores federais para sanar falhas na PLR e no FGTS de gráficos das empresas Cardepel e Etiquepel respectivamente
Na última semana, duas tradicionais gráficas do setor de bobinas térmicas em Bauru, há 332 Km da capital paulista, entraram no radar do Sindicato da classe (STIG) após denúncias dos trabalhadores sobre problemas no cumprimento de direitos fundiários e da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Na Cardepel, por exemplo, que fica situação na Vila Industrial II da cidade, foi apontada a falha no pagamento da Participação nos Lucros e Resultado dos gráficos neste ano. Já na Etiquetel, localizada no Jardim Bela Vista, as queixas descrevem falta em depósitos do FGTS.
"Embora tenha poucos funcionários em ambas as empresas, sendo seis na Cardepel, e 12 na Etiquetel, quantidade baixa de trabalhadores como é característica de 85% de todo o setor gráfico nacional, o STIG atua do mesmo jeito como nas médias e grandes gráficas. Todos somos gráficos e a nossa preocupação é em defender seus direitos, salário e condições de trabalho, ainda mais quando temos sindicalizados, como é o caso", diz Amilton Kauffman, presidente do STIG Bauru, reeleito há poucos meses.
O sindicato solicitou a intervenção de auditores federais do Trabalho para tratarem da queixa da PLR atrasada na Cardepel. 66% dos trabalhadores da gráfica já são de sindicalizados. "Se confirmada a denúncia, a empresa será reincidente no mesmo problema, já que no passado cometeu falhas iguais. Auditores foram acionados na época e o caso resolvido. Agora, a situação se repete. "Aguardamos apenas a confirmação da data da mesa de negociação no órgão federal para buscamos resolução", diz Kauffman.
Na Etiquetel, embora o número de associados é reduzido, o Sindicato tem buscado preservar o FGTS dos trabalhadores. "Recebemos a reclamação de que a empresa não recolhe este direito há cerca de dois anos", fala o presidente do STIG. Um pedido de fiscalização trabalhista já foi solicitado ao órgão público competente. Kauffman espera contar com maior número de empregados da empresa junto do sindicato para fortalecer o poder de negociação da entidade no local. No passado, o diretor interveio no local até acabar a prática ilegal do trabalho sem o registro em carteira (CTPS).
A Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp), órgão que o STIG é filiado, parabeniza o sindicato pela defesa dos trabalhadores. "Independente do número de profissionais por empresa, ou da quantidade de associados, a entidade está atenta e atuação no processo de garantia dos direitos da classe", diz Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp. Para o dirigente, o sindicato deve agir sempre para não deixar o trabalhador desamparado. "Esperamos que o gráfico também reconheça a relevância da entidade de categoria e o fortaleça através de sua sindicalização para que direitos sejam respeitados, até mesmo quando a empresa tenta negligenciá-los".
written by FTIGESP