Abr 07

Nesta terça-feira (7), a Câmara dos Deputados deve votar o PL 4330, mais conhecido por PL da Terceirização. E há uma ampla maioria de políticos, ligados aos setores empresariais e conservadores, favoráveis à aprovação do projeto. O aumento da rotatividade por conta do PL é o tema da segunda matéria especial da CONATIG sobre as consequências do PL da Terceirização


TERCEIRIZACAO1O PL permitirá que toda empresa troque seus funcionários, independente da atividade exercida, por trabalhadores terceirizados, visando reduzir a folha de pagamento. A substituição do funcionário da empresa por outro terceirizado com salário e direitos menores será então institucionalizada por conta do PL, o qual contribuirá para rebaixar a qualidade do trabalho e da vida do trabalhador em atendimento aos interesses dos empresários. Isso ocorrerá porque o PL será o estímulo à rotatividade do trabalhador para reduzir os custos de produção.

A CONATIG – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústria Gráficas alerta que o impacto disso será mais perverso no setor gráfico, que, mesmo sem a terceirização, já pena com a alta rotatividade. Segundo levantamento mais recente do DIEESE, com base nos dados do CAGED, 70 por cento dos gráficos não conseguem ficar por mais de dois anos no emprego. A situação tende a piorar com o PL.

"Não satisfeitos com atuais práticas de redução das folhas de pagamento, por meio da alta taxa de rotatividade, gerando economia média de 20 por cento a 30 por cento ao ano, em comparação com os reajustes salariais, os empresários e o governo ainda assim investem pesado na aprovação do PL 4330", diz Leonardo Del Roy, presidente da CONATIG.

A atual rotatividade já tem imposto aos trabalhadores duras penas, pois, conforme relata o dirigente, os empresários adotam essa iniciativa para reduzir salários e postos de trabalho. Nem todos trabalhadores demitidos são repostos. Há a redução de trabalhadores dentro do processo produtivo, com a manutenção da mesma produtividade, com a multifuncionalidade, ou seja, obrigam-se garantir a mesma produtividade com os trabalhadores que permanecem.

Ao invés de corrigir tal problemática dentro das empresas contra a classe trabalhadora, que contraria a Convenção 158 da OIT, a grande maioria de deputados, apoiados por empresários, mas eleitos com o voto dos trabalhadores, caminham em direção contrária ao aprovar o PL 4330. O Projeto de Lei da Terceirização vai estimular a substituição ainda maior.

Além disso, com a terceirização da atividade fim, no caso o dos gráficos, o PL vai excluir automaticamente os direitos das Convenções Coletivas de Trabalho das categorias preponderantes nas empresas. "Isso é voltar ao tempo em que as categorias não tinham suas especificidades e seus direitos garantidos", critica Del Roy, convocando todos os trabalhadores gráficos para iniciar a reação imediatamente, pois a pouco tempo.

Convenção 158 da OIT

A referida Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) define as condições para o término das relações do trabalho por iniciativa do empregador. Ou seja, estabelece critérios específicos para demissão. Se estivesse válido no País, extinto em 1997 depois de vigorar por apenas sete meses, os trabalhadores não estariam penando tanto com a alta taxa de rotatividade.

FONTE: CONATIG 


written by FTIGESP

Abr 07
A verdadeira ação sindical é aquela que se preocupa com a valorização do ser humano, com a vida do trabalhador. E para isso ocorrer é preciso defender os direitos da categoria frente à intransigência dos empresários que tentam tirar tais benefícios. Mas valorizar o trabalhador também diz respeito a forma de tratá-lo diante das questões envolvidas nesta luta em prol dos direitos. E para isso acontecer é preciso mostrar para a pessoa envolvida o que está sendo feito e como está sendo tratada tal questão, por meio de uma comunicação humanizada


Nesta perspectiva de qualificar a valorização de cada um dos 6,2 mil trabalhadores gráficos de Jundiaí e mais 26 municípios da região, através da defesa dos direitos e a permanente demonstração do que está sendo feito em seu favor, envolvendo-o neste processo de interação, a direção do órgão de classe da categoria (Sindigráficos) participou na última segunda-feira (30/03), de uma formação especial voltada à qualificação nos processos de comunicação da ação sindical junto aos trabalhadores.

O evento foi facilitado pelo jornalista e mestre em Comunicação Social, Bel Coutinho, que tem experiência no tema e na implantação de projetos de comunicação sindical em várias entidades, dentre elas a Confederação Nacional dos Trabalhadores Gráficos (Conatig).

"O interesse da comunicação na mídia comercial é voltado sobretudo para o capital financeiro, por isso que se fala que a comunicação é a alma do negócio, no tocante ao viés do lucro. Mas numa comunicação sindical, o nosso único e exclusivo negócio precisa ser a valorização de cada um dos trabalhadores da base de atuação do sindicato", falou Coutinho no encontro de formação em Comunicação com os sindicalistas.

E isso só acontece, segundo o jornalista, quando, durante o processo do agir comunicacional, ou seja, quando durante o diálogo entre o sindicalista e o trabalhador da base, todos são tratados como iguais, pois assim são realmente, uma vez que cada um pode falar, ouvir e compreender o que foi dito (e não dito) a partir dos respectivos interesses e entendimentos diante das condições da vida (socioeconômica) naquele exato momento.

Ninguém se sente valorizado por outra pessoa quando não recebe dela a devida atenção, mesmo que algo esteja sendo feito em sua defesa. Por esta razão, além de atuar em prol da garantia dos direitos do trabalhador, o sindicalista precisa entender que a sua comunicação, voltada a incluir o trabalhador neste processo comunicacional, é também ação sindical em defesa desse mesmo trabalhador.

Logo, o diretor sindical deve mostrar ao trabalhador o interesse e o respeito necessário nesta abordagem. Ele precisa ficar atento às dúvidas e às preocupações do gráfico, visando com que depois da interação feita através da conversa direta ou por outros meios de comunicação, o trabalhador sinta que foi ouvido, valorizado pelo outro.

Valorizar a parte envolvida na conversação, de modo que todos interajam e se sintam parte dessa comunicação, é a verdadeira política sindical de comunicação, pois valoriza o ser humano. É uma comunicação que tem início, meio, fim e recomeço de forma processual, ou seja, ela está viva e sempre atenta ao entendimento de quem recebe a informação, enquanto participante dela.

Uma comunicação sindical interage com quem se fala, de modo a garantir o entendimento coletivo durante o seu ato, através da participação dos envolvidos no processo comunicacional. Neste mecanismo, o trabalhador se sente mais valorizado.

FOTO1"Percebemos que a comunicação é a própria ação sindical compartilhada com, entre e pelos sindicalistas e trabalhadores", diz Leandro Rodrigues, presidente do Sindigráficos. Desse modo, o dirigente reconhece que fará mudanças nas formas de socializar informações com os trabalhadores.

A primeira delas é pensar em comunicar e não somente em informar. Ou seja, a informação não interage necessariamente, pois separa quem fala de quem escuta, numa relação vertical, de superioridade entre os partícipes; já em relação à comunicação, ela busca valorizar os envolvidos nela, pois ocorre por meio da interação deles, a fim de garantir uma melhor compreensão do cotidiano vivido por todos.

FONTE: STIG JUNDIAÍ

written by FTIGESP

Abr 06
Diante da recente volta e do acelerado processo de tramitação do Projeto de Lei 4330 (PL da Terceirização) na Câmara dos Deputados, que está para ser votada nesta terça-feira (7), pondo em risco os direitos garantidos nas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho de todos os STIGs no País, a CONATIG lança, a partir de hoje, uma série de notícias sobre o referido PL e os seus efeitos para a categoria e a sua representação política

Nenhum dos 220 mil trabalhadores gráficos brasileiros estarão livres dos impactos do PL 4330, caso aprovado pelos deputados e senadores. Já há votação sobre o PL marcada para abril na Câmara Federal. E a maioria dos parlamentares, que representam os interesses dos empresários e dos setores conservadores do País, estão querendo liberar sim a terceirização indistintamente sobre todas as atividades da empresa.

Com isso, mudará para pior a vida do gráfico registrado pela indústria onde trabalha. Pois, ele correrá um sério risco de ser demitido para dar lugar a um funcionário terceirizado, que pode ser inclusive ele mesmo, o qual receberá salário menor e terá menos direitos que os atuais. E isso acontecerá para atender as necessidades empresariais diante das demandas do mercado, mesmo que em total detrimento aos interesses da classe trabalhadora.

"Na prática, com a intenção de ajudar os patrões a reduzir as suas folhas de pagamento, o PL da Terceirização os auxiliarão a progressivamente extinguir todos os direitos contidos nas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho das entidades sindicais dos gráficos em todo o Brasil", diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficos (CONATIG), Leonardo Del Roy.

Além disso, ele acrescenta que, nas campanhas salariais principalmente, o PL aprovado reduzirá o poder de negociação dos sindicatos com a classe patronal, já que a lei permitirá terceirizar e assim precarizar todos os setores produtivos da empresa, da pré-impressão ao acabamento, com destaque à área da impressão.

Del Roy garante que a aprovação do PL 4330 será a institucionalização da precarização do trabalho e da vida do trabalhador, e o esfacelamento dos sindicatos. "Entendemos que a terceirização irrestrita aniquilará o trabalho decente e colocará em risco todas as conquistas dos gráficos e demais categorias profissionais, produzindo efeito devastador no Direito Constitucional das Convenções Coletivas de Trabalho", diz o dirigente. Ao liberar a terceirização sobre todas as atividades das empresas, a indústria gráfica será radicalmente afetada, já que a essência de sua atividade é composta em predominância por profissionais capacitados para a respectiva função.

FONTE: CONATIG

written by FTIGESP

Abr 02
A lista de empresas devedoras, que a entidade de classe busca resolver o problema do não depósito do FGTS, é composta pela Gráfica Bercron, Fakka, Brasprint, Art Press, Cliclerlux, Imagem Cor e Magnus Corte

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Gráfica de Jundiaí e Região (Sindigráficos) tem elaborado regularmente uma lista de empresas que atrasam o recolhimento do FGTS dos gráficos. A iniciativa visa evitar que empresários sonegadores se aproveitem da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, desde novembro do ano passado, garante ao patrão pagar só cinco anos de atraso no benefício, mesmo que deva mais.Antes disso, o trabalhador podia requerer judicialmente o FGTS não depositado de 30 anos.

Desse modo, o Sindigráficos tem agendado reuniões com as empresas sonegadoras, muitas delas são reincidentes, com o objetivo de proteger o trabalhador contra a referida irregularidade.

"Os trabalhadores devem ficar muito atentos ao atraso no recolhimento do FGTS, principalmente após a decisão do STF, pois agora qualquer empresa é obrigada a pagar só cinco anos pendente, independente do passivo maior", frisa o presidente do Sindigráficos, Leandro Rodrigues.

Neste sentido, a fim de evitar o pior para a categoria, o diretor sindical Valdir Ramos falou na última semana com representantes das empresas Art Press, Clicherlux, Imagem Cor e Magnus Corte.

"Em todas já havíamos tratado antes do atraso no recolhimento do benefício, e sobre a devida adequação, condição da qual todas garantiram fazer, mas nada foi feito", diz Ramos. Ele lembra às empresas que esta será a última vez que as chamam para conversar, depois usará outros meios legais e mais fortes e efetivos com a participação dos gráficos.

Problema semelhante vivem os trabalhadores da Clicleria Fakka e da Gráfica Bercron. "Nesta última empresa, o Sindicato acompanha o caso há cerca de um ano", diz o sindicalista Jurandir Franco. Há cinco meses, depois de uma reunião de mediação na Superintendência do Trabalho, a empresa chegou a parcelar a dívida através da Caixa Econômica, mas, atrasou o pagamento e deixou pra lá. Caso não seja revista a resolução do problema, o dirigente garante que vai acionar a Bercron na Justiça.

A bronca do não recolhimento do FGTS tem sido tão grande ao ponto de dificultar até a rescisão de contrato de trabalho dos funcionários, quando saem, por falta do dinheiro na conta. O gráfico chega a ficar dois meses no aguardo.

No caso da Clicleria Fakka, Franco informa que pedirá uma fiscalização do Ministério do Trabalho para tentar resolver o caso por lá. A razão do pedido é porque, no 2º semestre do ano passado, a empresa se comprometeu em recolher o atrasado, mas não cumpriu o acordo e tem evitado o sindicato, que continua sem resoluções conclusivas.

A Gráfica Braspint tem problemas também no FGTS dos trabalhadores. A empresa apresenta ainda irregularidades no aviso e pagamento das férias dos funcionários. A comunicação das férias, via escrita, deve ser realizada 30 dias antes do gozo do benefício. Já o pagamento em até 48 horas antes do seu início. "A empresa não costuma atender a lei", diz Marcelo Souza, diretor do Sindigráficos.

O dirigente diz que ela também não paga a Participação dos Lucros da empresa aos seus funcionários, conforme trata a Convenção Coletiva de Trabalho. E paga a hora-extra por fora do contracheque. Além disso, é frequente o assédio moral.

"Já pedimos uma fiscalização do Ministério do Trabalho para verificar tudo", fala Souza, dizendo que voltará esta semana no Ministério para verificar o encaminhamento da solicitação, haja vista que já espera a muito tempo a realização da fiscalização.

Ele encerra lembrando a empresa que, se for necessário, votará a acioná-la na Justiça, a exemplo dos últimos casos que resultaram em ganho de causa em favor dos trabalhadores.

RHOSS PRINT – Dia do Gráfico é Sagrado

Depois de toda negociação, inclusive até com a aprovação da empresa e dos funcionários, a Rhoss Print voltou atrás do acordo quase fechado com o Sindigráficos. Ela decidiu negar o feriado do Dia do Gráfico.

"Não vamos aceitar tamanho retrocesso, ainda mais sobre a data simbólica da nossa categoria", diz Souza. Contudo, o dirigente fala que a decisão final é sempre dos trabalhadores, que, se estiverem dispostos a lutar, contarão com forte ação do sindicato para buscar garantir este direito.

Além disso, o sindicalista lembra que problemas na empresa têm sido sanados e amenizados depois da intervenção sindical. Foi necessário realizar até uma mesa redonda no Ministério do Trabalho em 2014, para buscar resolver algumas irregularidades, como a questão relativa ao não comprimento de regras para garantir a saúde e segurança dos gráficos e a falta de diversificação da rede comercial para a utilização do cartão de alimentação. "O Sindicato é o verdadeiro vigilante do trabalhador", finda.

FONTE: STIG JUNDIAÍ 

written by FTIGESP

Abr 02
Com a temática "Crescimento Econômico com Garantia de Empregos", nossa central, a Força Sindical, lançou, em 19 de março, o grande evento do 1º de Maio, do Dia do Trabalhador. Neste ano, muito mais do que diversão e lazer aos trabalhadores, o objetivo central da Força é proporcionar momentos de reflexão e debater assuntos atuais que afetam diretamente todas categorias.

As principais bandeiras de evento, em 2015, são a luta contínua por mais direitos, correção da tabela do IR, redução da jornada de trabalho, política de valorização do salário mínimo, aumento para aposentados, juros menores, fim do fator previdenciário, investimento da saúde e transporte, igualdade de oportunidades entre os gêneros e valorização do servidor público.

O Brasil vive um momento muito complicado e trazer temas que precisam ser discutidos ao trabalhador é uma obrigação do movimento sindical. Não podemos e não vamos permitir que nos tirem direitos que demoramos anos para conquistar. Por isso, o Sindicato dos Gráficos de Barueri e Região (Sindigráficos) convoca toda nossa categoria para o evento. Vamos discutir propostas e lutar por um Brasil justo!

Como sempre, nossa central também traz momentos merecidos de lazer e descontração para os trabalhadores. Para estes momentos, vamos contar com a presença de artistas, como Bruno & Marrone, Leonardo, Paula Fernandes, Zezé Di Camargo & Luciano, Zé Felipe, Marcos & Belutti, João Bosco & Vinícius e Latino.

Esperamos todos os trabalhadores no dia 1º de Maio, na Praça Campo Bagatelle, em São Paulo, a partir das 10h.

POR Álvaro Ferreira da Costa, presidente do Sindigráficos
FONTE: STIG BARUERI/OSASCO 

written by FTIGESP

Ir para página início  429 430 431 432 433 434 435 436 437 438  última