Jun 22

Projeto de Lei (PL), de autoria do deputado Vicentinho (PT), elaborado no STIG Jundiaí, teve parecer favorável na última comissão da Câmara Federal. Milhares de empregos gráficos poderão ser mantidos e criados

Na semana passada, os gráficos brasileiros, sobretudo os paulistas que possuem uma das principais indústrias do setor no mercado editorial, tiveram um importante resultado na Câmara Federal para a manutenção e criação de novos postos de trabalho no segmento. A deputada Maria do Rosário (PT/RS), relatora do PL do Livro na última comissão da Casa Legislativa antes de seguir para o Senado, foi favorável a este projeto de lei que impede o governo federal, maior cliente das gráficas, de produzir os livros didáticos dos alunos fora do Brasil - cenário que, infelizmente, vem ocorrendo há anos, causando a demissão de muitos trabalhadores.

"Se tudo der certo até o final e o projeto virar lei, milhares de empregos serão mantidos e outros mais criados para garantir a produção destes livros didáticos do governo", ressalta Leonardo Del Roy, presidente da Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp). A entidade estima que isso vai beneficiar milhares de antigos e novos trabalhadores gráficos deste segmento. Várias regiões do estado serão beneficiadas, sobretudo onde já possuem as industrias do mercado editorial. Em Jundiaí e região, tem, por exemplo, as gráficas Log&Print, D'art, Oceano e H Rosa; na capital temos a Editora Abril e a LeoGráfica; em Barueri/Osasco e região temos a Plural e a Margraf; no ABC tem a Santa Marta/Intergraf; em Guarulhos tem a editora FTD, dentre outras empresas em todo o estado paulista.

O projeto foi elaborado pelo paulista deputado federal Vicentinho (PT) à pedido do Sindicato dos Gráficos (STIG) de Jundiaí e Região em 2014. Batizado de PL do Livro, o projeto legislativo "assegura a manutenção e o fomento do emprego nas indústrias gráficas e disciplina a aquisição de livros adquiridos pelo Poder Público por meio do PNLD – Programa Nacional do Livro Didático, e similar, bem como a produção e impressão de livros contemplados com o incentivo fiscal da Lei Rouanet".

"Com a apresentação, na última semana, do relatório final na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, o PL do Livro (7867) pode ser votado a qualquer momento", disse o deputado Vicentinho para Leandro Rodrigues, presidente do STIG Jundiaí e secretário-geral da Federação Paulista dos Trabalhadores Gráficos (Ftigesp). O sindicalista não esconde o entusiasmo e torcida para que seja aprovado depois de tanta luta que começou em 2013 para sua elaboração. No ano seguinte, a luta na Câmara iniciou na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, sendo aprovado e seguindo para a Comissão de Cultura e depois para de Educação, chegando agora na atual comissão. "Se aprovado agora, segue direto para o Senado", informa Vicentinho.

written by FTIGESP