Fev 15
A lista AQUI de e-mails de todos deputados federais paulistas Sindicatos dos gráficos (STIGs) paulistas começaram a declarar guerra a proposta que muda o sistema previdenciário do Brasil. O combate será por região contra os deputados que apoiam essa reforma previdenciária, que já pode ser votada no começo de abril pela Câmara dos Deputados. Também serão feitas campanhas de conscientização dos trabalhadores sobre os perigos com a mudança. A reação começará pelos (STIGs) das regiões de Barueri/Osasco e da Baixada Santista, filiados à Federação Estadual (Ftigesp). A iniciativa foi deliberada pelo próprio movimento intersindical dessas regiões, composto por várias classes profissionais. Estratégias inclusive foram tiradas pelos STIGs no Dia do Gráfico (7/02).
O movimento intersindical da Baixada Santista já decidiu que visitará os escritórios políticos e/ou até as casas dos deputados federais da região. As associações dos moradores também serão convidadas a participar. "A nossa ideia é fazer uma pressão direto na área onde o político vive e atua, a fim de sensibilizá-lo contra o ataque ao direito à aposentadoria", disse Jorge Caetano, presidente do STIG Santos durante a homenagem ao Dia do Gráfico, organizada na sede da entidade no dia 7 de fevereiro. A lista dos referidos políticos da região, que serão visitados, é composto pelos parlamentares Beto Mansur (Santos), João Paulo Papa (Santos), Samuel Moreira (vale do Ribeira) e Marcelo Squassoni (Guarujá).
A lista AQUI de e-mails de todos deputados federais paulistas será inclusive divulgada pelo STIG Barueri/Osasco e mais 32 sindicatos da região aos trabalhadores e população durante campanha de conscientização contra a reforma previdenciária. A estratégia foi definida durante o seminário do Conselho Intersindical de Saúde e Segurança. Mais de 100 sindicalistas participaram. Dentre eles, o presidente do referido STIG, Álvaro Ferreira, e seus diretores Joaquim Oliveira, João Lopes, José Ivanir e 'Mineiro'.
"Vamos fazer pressão. Enviaremos carta para cada um dos deputados, dizendo que, os nomes daqueles favoráveis à reforma, serão divulgados na eleição de 2018 para a classe trabalhadora de cada categoria", conta Ferreira. O deputado federal Valmir Prascidelli, presente no seminário, inclusive reafirmou ser contrário a reforma. Informativos especiais sobre o que muda no sistema previdenciário e seus prejuízos ao trabalhador, também serão produzidos pelo Conselho e pelo STIG Barueri/Osasco. "A distribuição será feita por município da região, para se aproximar da população, auxiliando na conscientização dela", conta Joaquim Oliveira.
"Os gráficos precisam sair mesmo da zona de conforto. Todos os STIGs precisam seguir essa iniciativa, somando-se ao movimento intersindical e social contra a reforma previdenciária, que prejudicará muito a todos", pontua Leandro Rodrigues, presidente do STIG Jundiaí, que integra o Conselho Intersindical na sua região, atuante também nesta questão. O dirigente aproveita para alertar os gráficos sobre grande prejuízo até no SUS se a reforma for aprovada, porque o dinheiro vem da Previdência.
Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp, parabeniza esses STIGs pela fundamental iniciativa. "A reação precisa ser rápida, pois o Congresso e o Planalto têm pressa em aprovar a reforma da Previdência Social", diz. Já querem aprovar a proposta no próximo dia 6 de abril. E esta pressa, segundo fala o sindicalista, mostra o tamanho do compromisso desses políticos e o governo Temer, em atendimento ao interesse do segmento empresarial e do capital financeiro, em detrimento o dos trabalhadores. Dentre os prejuízos, elevará a contribuição do/a gráfico/a ao INSS para 49 anos. Assim, acrescentará mais 14 anos (homem) e 19 anos (mulher) para liberar a aposentadoria integral. Também aumenta de 15 para 25 anos a contribuição mínima. Se não pagar, fica sem ter a aposentadoria.