Nov 30
Os movimentos sindicais e sociais brasileiros promoveram a 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras este mês na capital brasileira. O evento foi marcado pela luta contra todas as forças de racismo e de violência no país, oriundas de uma cultura patriarcal e escravagista. A secretária geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas (STIG) São Paulo, Elisângela de Oliveira, marcou presença nesta importante atividade voltada à consciência de classe e de inclusão social. "A marcha chamou a atenção para a necessidade da conscientização diante da violência e do racismo sobre as mulheres negras e todos e todas precisam se posicionar contra", frisou Oliveira, acompanhada de Tatiane Lopes, que também é trabalhadora gráfica da capital paulista.

O movimento contou com um pouco mais de 20 mil pessoas de todo Brasil e com uma participação Internacional. Na ocasião, dezenas de representantes de centrais sindicais e sindicatos, além de outras organizações sociais e populares fizeram uso da palavra. Elisângela foi uma das sindicalistas presentes no evento. Ela também é coordenadora da Secretaria da Mulher da Federação Paulista da categoria (FTIGESP) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas (CONATIG). Oliveira também é representante da Rede de Mulheres da UniBrasil - braço nacional da Uni Global - uma entidade intersindical a nível mundial, onde a classe gráfica está organizada.

Ao longo de toda a marcha as milhares de mulheres bradavam o grito da macha, dizendo 'venham todos combater este crime que é o Racismo e a Violência. Seguiremos juntas, até que sejamos livre! Uma sobe e puxa a outra, contra o racismo. Pelo bem viver'. Oliveira destaca que o evento e este sentimento é fundamental, uma vez que uma pesquisa apontou que o aumento de mortes de mulheres negras é superior às brancas. "E este debate precisa e deve ser levando para dentro das gráficas de todo o país, através das nossas sindicalistas e trabalhadoras do setor, conta.

written by FTIGESP