Set 18
Esta semana fiquei triste pelo que vi no Yotube, um Cemitério de Máquinas Gráficas, parece brincadeira. Algumas dessas máquinas vou citar aqui, mas se você pesquisar vai ver muito mais: Guilhotinas, Cavaletes com gavetas de tipos, Minervas, Hot-Stamps, Mesas de montagem de fotolitos, Prelos de provas, Prensas, maquinários de Clicherias, Maquinas Fotográficas para fotolitos, Maquinas grandes para impressão em Off-set 2-3 cores, e se você for fundo, até Linotipo e outras máquinas você acha. 

Enfim todos os tipos de máquinas gráficas. Não sou contra a modernidade, mas fico triste em ver o abandono daquilo que ajudou a construir o nosso Brasil. Nós gráficos não só fizemos parte da antiga Indústria Gráfica, mas também participamos dos movimentos políticos por melhores salários e melhores condições de vida do trabalhador brasileiro.

Sempre fomos linha de frente, sem os gráficos pouco se podia fazer, pois as notícias tinham que sair nos meios de comunicação através de jornais, revistas e panfletos produzidos pelos gráficos. Estes eram os meios de comunicação na mão dos trabalhadores.

Rádio e televisão também noticiavam, não com a importância do papel impresso feito pelos gráficos. Sem o trabalho dos gráficos, o país parava, pois sem eles a imprensa não podia informar e documentar
os acontecimentos do momento.

Bons tempos aqueles! E quando alguém me pergunta: ''você se aposentou em qual profissão?´´, com orgulho respondo: GRÁFICO.

Por: João Sudário
FONTE: JORNAL DA ATAIGESP - EDIÇÃO SET/OUT

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