Item de NotíciaFTIGESP NEWS // STIG mostra os riscos da reforma previdenciária para gráficos da Tilibra
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
10 Abril 2019 - 10:22:00

Ao invés do governo Bolsonaro cobrar dos patrões devedores do INSS (R$ 499 bilhões em dívidas) e de rever as isenções previdenciárias para empresas (R$ 60 bilhão por ano), o governo Bolsonaro diz que existe um rombo da Previdência que necessita da mudança na lei, mas sem corrigir tais problemas. Pelo contrário, defende uma reforma onde eleva privilégio de militares, mantêm os dos juízes e políticos, amplia a isenção patronal e restringe significativamente o direito à aposentadoria dos trabalhadores com o aumento de décadas de contribuição e com a redução do benefício. A fim de esclarecer os gráficos de Bauru sobre os riscos dessa reforma com o objetivo de que reajam contra sua aprovação, o Sindicato da classe (STIG) elaborou um material e vem distribuindo nas gráficas da região.

O material intitulado "Só para se ter uma ideia da caixa de maldades" tem sido distribuído quando há atividades nacionais do movimento sindical em defesa do direito à aposentadoria e à pensão da classe trabalhadora. "No mês passado, por exemplo, enquanto parte dos sindicatos dos gráficos estavam protestando na Avenida Paulista contra a reforma previdenciária, diretores do STIG Bauru faziam a panfletarem em empresas da região, a exemplo da Tilibra", informa Amilton Kauffman, presidente do Sindicato.

Os trabalhadores da produção da Editora Tilibra foram alertados para os riscos da reforma através da panfletagem feita pelos sindicalistas Antônio Santos, Odair Marcuíca, Rodrigo Oliveira e Vera Regina. O material trazia sobre o fim praticamente da aposentadoria especial do gráfico (concedida com 25 anos de trabalho insalubre). Não haverá sequer nem mesmo uma convenção do tempo de trabalho especial em comum, onde reduzia o tempo restante para que o gráfico se aposentasse por tempo de serviço.

A reforma traz diversas e novas exigências que acabará com a especial. Sem falar nos novos critérios também sobre a aposentaria por tempo de contribuição, a qual praticamente acaba, uma vez que cria a idade mínima para a concessão e condicionada a 40 anos de contribuição ao INSS para a obtenção do direito de receber o benefício com valor integral.

Não para aí as "maldades". Usa a reforma da Previdência para atacar os direitos trabalhistas. Pelas regras, os gráficos deixarão de receber abono anual do PIS. Afeta todos que recebem acima do salário mínimo nacional e até dois salários. O FGTS dos gráficos aposentados que continuam no trabalho também deixa de existir, tanto o depósito mensal, quanto a multa de 40% quando for demitido. "Precisamos mostrar a nossa indignação. Precisamos nos unir contra tal reforma", o STIG conclama todos gráficos.

A Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp), órgão que o STIG Bauru é filia, realça esse tipo de participação do sindicato junto da categoria para Buscar formas de conscientização e mobilização da classe trabalhadora contra a reforma da Previdência. "É necessário que todos os STIGs se engajem nesta luta. Entre as tarefas, devem acionarem os políticos de suas regiões e demonstram a rejeição da categoria a essa reforma, que só visa retirar/reduzir os direitos. Portanto, será uma traição do político que aprovar isso", pontua Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp.




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