Item de NotíciaFTIGESP NEWS // Com ou sem centrais, sindicatos precisam defender aposentadoria
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
13 Dezembro 2017 - 08:37:52


STIG Santos e entidades de outras classes da Baixada Santista puxarão novos protestos para pressionar políticos contra a reforma previdenciária

Nesta quinta-feira (14), o direito da classe trabalhadora à aposentadoria pública corre grande risco. A Câmara dos Deputados planeja iniciar as discussões da reforma da Previdência nesta data. E começar a votação na segunda-feira (18), como previu o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante uma reunião recente com Michel Temer (PMDB-SP). Portanto, ou o movimento sindical reage significativamente, com ou sem suas centrais, ou o governo pode conseguir o apoio dos 308 deputados para aprovar tal medida nefasta. Foi por isso que, acertadamente, parte dos sindicatos brasileiros não recuou dos protestos marcados na última semana no país, a exemplo do Sindicato dos gráficos de Santos (STIG).

A entidade se juntou a outras classes, mesmo diante da desmobilização definida pelas centrais, que, coincidentemente ou não, a mídia divulgava o aceno do governo sobre uma liberação de R$ 500 milhões para elas. O valor trata-se da contribuição sindical dos trabalhadores entre os anos de 2008- 2015, confiscado pelo governo ao invés de passar às centrais.

"E vamos voltar às ruas esta semana e a outra, enquanto for necessário, em defesa da aposentadoria do trabalhador, mesmo que as centrais não participem outra vez. O movimento sindical precisa é se desgrudar das suas centrais, caso não assumam seus papéis nesta grande luta", fala Jorge Caetano, presidente do STIG da Baixada Santista. O dirigente, na semana passada, juntou-se com as entidades sindicais dos Químicos, Metalúrgicos, Petroleiros, Advogados e ainda a Frente Sindical Classista (coletivo do conjunto de servidores públicos federais e estaduais), para manter na região o protesto nacional contra reforma previdenciária, cuja as centrais sindicais decidiram cancelar sem discussão com suas bases.

Caetano, que não esconde a insatisfação com a posição tomada pelas centrais, esperando que isso não se repita agora, adianta que não tem mais certeza se o STIG Santos continuará filiado à Força Sindical. Ele inclusive criticou duramente todas as centrais durante o Programa Ponto de Vista, na TV Santa Cecília de Santos, realizado na última semana, logo no dia seguinte aos protestos dos sindicalistas, realizados no centro da cidade e no bairro do Gonzaga - relevante centro comercial santista -, que contou com a adesão da população em geral, além dos sindicatos.

"Agora, com o anúncio de Maia, o movimento tem que ir todo para rua. É preciso defender o direito da aposentadoria dos trabalhadores no Brasil, com ou sem centrais", convoca Caetano. O dirigente conta inclusive que cresce a adesão de novos sindicatos que já confirmaram o interesse de integrar as novas manifestações na Baixada Santista contra a reforma. Ele fala que, diante da boa aceitação e participação da população nos protestos da última semana, o modelo das novas manifestações mudará no local. "Priorizaremos ações em praças e em horários que causam um menor transtorno para as pessoas, a fim de trazê-los para o nosso lado em defesa do direito do trabalhador continuar se aposentando", revela.




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