Item de NotíciaFTIGESP NEWS // Postura patronal pode deflagrar negociação individual por gráfica
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
13 Outubro 2017 - 13:08:57


A Federação Obreira dos Gráficos Paulistas (Ftigesp), responsável pela coordenação da campanha salarial unificada 2017 de todos Sindicatos da classe (STIGs), exceto o das regiões da Baixada Santista e do ABC, recebeu a sinalização do sindicato patronal (Sindigraf) de que ainda este mês deve começar as negociações. O problema, a depender de quando iniciar, pode ser a proximidade da data-base da classe (1º de novembro) e do consequente risco de descontinuidade ou perda de direito enquanto durar as tratativas. Assim, a Ftigesp espera que comece rapidamente as negociações. E que ainda seja garantida a data-base e todos os direitos durante o referido processo. Neste sentido, para que não seja preciso de negociações individuais por empresas, prejudicando ambos os lados,
embora não esteja descartado à depender da postura patronal, alguns sindicatos começaram a mobilizar os seus gráficos com assembleias.

Na quinta-feira da última semana, por exemplo, o STIG Guarulhos fez uma expressiva assembleia com os gráficos da empresa Kawagraf, com paralisação inclusive do serviço enquanto durou a atividade sindical no local. Francisco Wirton, presidente do Sindicato da categoria na região, garante que outras mais serão realizadas. Outros STIGs já começam a externar também a necessidade da urgência das negociações salariais e as respectivas garantias dos direitos e a data-base durante o processo. É o que sinaliza os STIG Jundiaí e Taubaté, através de seus dirigentes Leandro Rodrigues e Sandro Ramos respectivamente. Eles concordam que, a depender da postura patronal, as tratativas se darão por gráfica.

"Se as negociações não começarem até o próximo dia 20, nós, do STIG Jundiaí, iniciaremos as ações em defesa dos direitos e salário da classe individualmente por empresa", diz Rodrigues. Ele parabeniza a iniciativa do STIG Guarulhos, um dos maiores sindicatos da classe no estado, ao reunir os trabalhadores em assembleias por empresa explicando o caso.

O Conselho de Representantes da Ftigesp, formado por todos os STIGs envolvidos na campanha salarial, tirou uma resolução da negociação que se dará de forma coletiva. "Temos todo o interesse de manter esta posição. É melhor para o trabalhador e para empresa. Mas esperamos que a parte patronal entenda da mesma forma e agilize esta questão", diz Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp. Além desse compromisso, o sindicalista também prima que haja pelo lado das empresas a postura voltada ao justo reajuste salarial e ainda à manutenção dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho da classe. E meios de garantir tais direitos, mesmo com a reforma trabalhista que entrará em vigor no dia 11 de novembro.


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