Item de NotíciaFTIGESP NEWS // Mulheres gráficas iniciam organização em defesa da aposentadoria
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
20 Fevereiro 2017 - 07:31:00

As sindicalistas mulheres do movimento sindical do setor gráfico paulista começam a organizar as trabalhadoras da classe contra uma proposta do governo Temer que inviabilizará o direito à aposentadoria. A reforma previdenciária impossibilitará o direito porque, por exemplo, qual mulher que, depois de ter trabalhado e pago 30 anos de contribuição ao INSS, conseguirá trabalhar/pagar mais 19 anos para poder se aposentar? Isso é um dos pontos da proposta do Temer, já que deseja elevar de 30 para 49 anos o tempo de contribuição ao INSS para aposentar integralmente.

Os deputados já pretendem votar esta reforma em abril. E o risco de ser aprovada é real, se não houver reação da trabalhadora. Desse modo, o Comitê Feminino do Sindicato da categoria em Jundiaí e Região (STIG), filiado à Federação Estadual (Ftigesp), inicia reação no início de março. "Já estamos convidando as trabalhadoras das gráficas de nossa região para participarem de evento especial no dia 5 de março no sindicato", contam as sindicalistas e integrantes do Comitê, Valéria Siomionatto, Regina Aparecida e Cidinha Reis. A atividade será um café da manhã, a partir das 9h, com a presença do jurista Luis Carlos Laurindo. As propostas da reforma e seus prejuízos às mulheres serão abordados.

"Considerando que as mulheres já trabalham antes e após as atividades profissionais, poucas serão as que conseguirão se aposentar se Temer aumentar o tempo de contribuição para garantir o direito previdenciário", desabafa revoltada Sueli Reis, representante brasileira do setor gráfico no Comitê Regional da UNI Sindicato Global nas Américas. A dirigente pergunta qual profissional gráfica do setor de Acabamento, por exemplo, que conseguirá permanecer e ter saúde neste serviço por 49 anos para poder se aposentar? A maioria já não consegue com os atuais 30 anos!

"Por este e outros pontos que esta reforma previdenciária é bem injusta, sendo assim inconstitucional pois afastará da/o trabalhador(a) o direito de se aposentar no País", diz Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp. É de fundamental relevância a classe trabalhadora tomar conhecimento disso para assim iniciar a reação coletiva contra sua nefasta aprovação. O dirigente parabeniza a iniciativa do Comitê Feminino do STIG Jundiaí e aproveita para orientar os demais 18 STIGs no Estado de São Paulo a seguir referida ação de organização e esclarecimento das profissionais.


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