Jul 17

Federação apresentou ontem a pauta dos gráficos do estado ao patronal

Nesta terça-feira (16), a Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp), que mais um ano coordenará a campanha salarial unificada dos trabalhadores da classe no estado, foi ao Sindicato Patronal (Sindigraf-SP) protocolar a reivindicação da categoria. A entidade estadual dos empregados esperou que todos os Sindicatos dos Gráficos (STIGs) em 17 regiões de São Paulo fizessem suas assembleias com os trabalhadores e definissem as pautas. Das assembleias iniciadas no mês passado pelo STIG Taubaté até a última em Jundiaí ontem, a classe exige reajuste salarial com ganho real, seguindo a tendência da maioria das campanhas dos trabalhadores das indústrias no 1º semestre do ano, a exemplo dos metalúrgicos e químicos.

"O acumulado da inflação até o momento está em 2,34%, mas ainda falta dois meses para a nossa nova data-base, que é 1º de setembro. Todavia, independente do índice inflacionário que atingir, os gráficos reivindicam um reajuste 3% superior à inflação acumulada de dezembro para cá", diz Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp. Os trabalhadores existem 3% de ganho real sobre o salário, mas também na Participação dos Lucros e Resultados (PLR), direto já convencionado e valido até agosto de 2020.

"O reajuste da PLR é tão importante quanto o aumento do salário, visto que há vários anos que este direito econômico se encontra com seu valor congelado por imposição patronal", frisa Jurandir Franco, vice-presidente da Ftigesp. A manutenção do piso salarial com a respectiva evolução de 3% de ganho real também compõe a pauta de reivindicação para este ano. A campanha salarial deste ano se resume às demandas econômicas, já que a validade dos demais direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da classe segue sendo aplicada pelas gráficas até agosto de 2020.

Como a data-base dos 17 STIGs paulistas foi antecipada em dois meses, não sendo mais em 1º de novembro, mas em 1º de setembro, igual a data-base dos STIGs da Baixada Santista e do Grande ABC, o período para calcular o reajuste salarial deste ano não será de 12 meses de inflação, mas de 10 meses, contabilizando-o a partir de 1º de novembro de 2018. Junto à pauta de reivindicação, a Ftigesp também protocolou ontem no Sindigraf um cronograma para início das negociações. A sugestão é para iniciar no dia 6 de agosto, tendo quase um mês antes da nova data-base.

"Esperamos que o patronal respeite os encaminhamentos do processo de negociação coletiva através do resultado da campanha salarial. Que não repita o erro de voltar atrás ao que foi negociado na convenção. A negociação é quem baliza o segmento e que assim seja. Portanto, que após a negociação salarial deste ano, seja cumprida. A lei da reforma trabalhista deixa claro que o negociado tem preferência. Não basta assinar e respeitar o que foi posto na mesa de negociação", diz Del Roy.

written by FTIGESP