Mar 27

Manifestação chega a deputados contra a ação de Doria para privatização ou fim da Imprensa Oficial, com 128 anos, e mais cinco empresas públicas

O emprego de 3 mil trabalhadores está em risco no estado de São Paulo, inclusive de todos gráficos da Imprensa Oficial (Imesp) e de mais cinco empresas públicas paulistas. E os respectivos serviços de qualidade para a população. Tudo por conta de Doria que, em seu primeiro Projeto de Lei enquanto governador, desejo extinguir ou vender para a iniciativa privada. O PL 01/19, que está sendo analisado pelos deputados, propõe a venda ou fim da centenária Impressa Oficial, mesmo produzindo muito, com 67 milhões de livros somente em 2018. O Sindicato da categoria (STIG-SP) e a Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp) repudiam tal iniciativa, bem como os órgãos representantes dos profissionais das demais empresas.

Os gráficos, jornalistas e administrativos da Imesp, liderados pelo STIG e os respectivos sindicatos, já iniciaram as manifestações conjuntas em prol do serviço público estatual. Contra essa tentativa de desmonte, fizeram uma assembleia onde se opõem à extinção ou privatização das empresas ou qualquer demissão. Ainda foram até a Assembleia Legislativa de SP. Lá entregaram o manifesto. Uma comissão formada por dois gráficos, dois jornalistas e administrativos foram eleitos pelos profissionais da Imesp para atuarem junto aos sindicatos em prol da empresa já com 128 anos.

Para Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp, entidade que o STIG-SP é filiada, os trabalhadores podem contar com ele na defesa da importante Imprensa Oficial do Estado, que é feita através de cada gráfico e demais empregado lá presente. "A parte produtiva mais importante de qualquer empresa são os seus profissionais, que, com excelência, dão o resultado. E, no caso da Imesp, um resultado de grande valia para toda a sociedade paulista. Os livros didáticos produzidos e enviados as escolas públicas é um desse serviço. A população perde muito com o fim ou privatização da Imesp. A iniciativa privada só visa lucro. Não esqueçam", alerta Del Roy.

Ademais, ainda tem a injustiça contra os gráficos e demais profissionais. A grande maioria dedicados a Imesp por décadas. Muitos com idades já avançadas. Portanto, extinguir ou privatizar ameaça os seus empregos. "Nunca é demais lembrar que a iniciativa privada priorizar os mais jovens em detrimento dos empregados mais velhos. Então, os profissionais da Imprensa Oficial também correm risco com a privatização", diz Del Roy.

A Ftigesp engrossa a fileira das entidades contrárias à iniciativa de Doria de atacar os trabalhadores e à sociedade em geral com tal PL descabido. Del Roy endossa o apoio ao STIG-SP e demais sindicatos na luta contra esse absurdo e se soma a reivindicação delas para que os deputados estaduais rejeitem integralmente esse ataque as seis empresas públicas.

Além da Imprensa Oficial, o governador ainda quer extinguir ou vender a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS), Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), e a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).

written by FTIGESP