Mar 22

Programa Diálogos com o Trabalhador do STIG Guarulhos alerta sobre os riscos ao futuro da aposentadoria se não houver plena reação. STIG convoca os gráficos para protestos hoje contra a reforma da Previdência

Na última quarta-feira (13), a nova edição do Programa Diálogos, promovido pelo Sindicato dos Gráficos (STIG) de Guarulhos, recebeu o presidente do STIG no estado do Ceará, Rogério Andrade, que é bacharel em Direito. Ele analisou a reforma da Previdência de Bolsonaro e os prejuízos sobre os respectivos direitos, como a consequência do fim da aposentadoria para a maioria da classe trabalhadora e uma redução radical do valor para aqueles que conseguirem. Outro dano significativo, conforme foi colocado por Rogério, será o fim prático da aposentadoria especial dos gráficos, que continuarão expostos a produtos químicos e a ruído e calor elevados. Ele sugeriu inclusive um outro programa sobre o tema diante do impacto radical da reforma sobre os gráficos que laboram em ambiente insalubre.

"Há, de fato, um grande e grave ataque ao futuro de sua aposentadoria com essa reforma previdenciária", afirma Rogério. O dirigente lembra que inclusive de outras reformas sobre o tema nos governos anteriores, mas sem qualquer consolidação ao fim do regime solidário da aposentadoria. Nesta atual, Bolsonaro atende o sempre desejo dos bancos para fazerem a privatização da Previdência via mudança de regime para capitalização. "Pelo novo regime proposto, a empresa ficará livre de contribuir com 20% na aposentadoria do funcionário, este que será o único responsável. Nem o governo contribuirá mais", alertou Francisco Wirton, presidente do STIG Guarulhos, durante o programa mediado pelo jornalista Guto Tavares.

Francisco, mais conhecido por Chiquinho dentro do movimento sindical, lembrou de outro ataque do governo para tentar reduzir a resistência dos sindicatos contra a reforma da Previdência: uma medida provisória onde dificulta a contribuição dos trabalhadores para os sindicatos do país. Este assunto inclusive foi debatido com o movimento sindical brasileiro dos gráficos horas antes deste programa, durante reunião da Confederação Nacional da categoria (Conatig), quando reuniu os STIGs de todo o País.

"Essa medida de Bolsonaro veio para acabar com o movimento sindical, mas não vamos baixar a guarda. Sabemos que os sindicatos os maiores norteadores dos movimentos sociais brasileiros. Portanto, combateremos essa medida provisória, sem deixar a centralidade do combate à reforma previdenciária", garantiu Wirton. Assim, o movimento sindical do Brasil realizará grande mobilização hoje contra a reforma. E, em Guarulhos, Chiquinho garante que haverá protestos e convoca os gráficos para participarem em defesa de direito de continuarem se aposentando.

written by FTIGESP