Jun 15

A empresa tem imposto ilegalmente até que os gráficos compensem nos domingos alguns dias sem produção devido a greve dos caminhoneiros

Na quinta-feira (21), o Ministério do Trabalho em Itapetinga, cidade onde fica a gráfica Máxima Cadernos, cobrará explicações da empresa sobre uma série de irregularidades contra os trabalhadores que será exposta pelo Sindicato da classe (STIG) Sorocaba. A entidade solicitou a reunião diante das várias denúncias dos gráficos que continuam acontecendo, mesmo depois do STIG ter solicitado à empresa a regulação das falhas por diversas vezes. A lista é grande. Vai do descumprimento de direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria até contra leis relativas às férias e ao FGTS. O Sindicato não descansará até revolver.

"E, agora, tem obrigado gráficos a laborarem ilegalmente nos domingos para compensarem os dias parados devido a greve dos caminhoneiros", critica João Ferreira, presidente do STIG Sorocaba. O dirigente alertou à empresa que a CCT tem regras específicas para as compensações, não podendo ser definida à revelia do Sindicato. Adiantou ainda que é 100% o valor do trabalho realizado no domingo, conforme devido a convenção. A entidade garante que cobrará que a lei seja cumprida nesta questão.

Além disso, os trabalhadores não tem culpa da greve de outra categoria. Portanto, é injusto que sejam penalizados. "Ninguém tem culpa. Logo, a empresa precisa encontrar uma solução para a compensação negociada com os gráficos a partir do STIG", diz Leonardo Del Roy, presidente da Federação Paulista da classe (Ftigesp). Porém, o dirigente é categórico quanto ao trabalho no domingo: se laborou neste dia é obrigatório que seja pago 100% por cada hora trabalhada. Está na convenção. Isto é lei.

O dever patronal de pagar cesta básica mensal e PLR também está na CCT dos gráficos. A empresa, por sua vez, deixou de quitar a cesta nos últimos dois meses e não pagou a 1ª parcela da PLR, vencida desde 5 de abril. O STIG diz que cobrará a multa da CCT pelo descumprimento.
Além disso, a gráfica Máxima Cadernos também descumpre as férias dos trabalhadores. Segundo às denúncias, tem pago atrasado. Ao invés de quitar até dois dias antes de entrar de férias, como diz a lei, paga só 15 ou 20 dias depois. A lei fundiária também é descumprida. Não paga o FGTS a muito tempo. Tudo isso será cobrado no Ministério do Trabalho.

"Atuaremos ao máximo para regularizar a situação na Máxima. Sempre defendemos os gráficos até a última instância e assim continuaremos", destacou Ferreira. Porém, o dirigente lembra que o STIG forte são todos os trabalhadores que podem fazer isso. Participe e Sindicalize-se AQUI!

written by FTIGESP