Mar 05

Uma notificação (AQUI)  já foi enviada às empresas para elas pagarem tal direito

Neste segunda-feira (5), após meses com o risco de perderem o direito financeiro da PLR, mantido na nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, os gráficos do setor dos jornais e revistas do interior paulista devem receber a Participação no Lucro e Resultados de suas empresas. Cada profissional deve receber seu salário e mais R$ 420 referente a 1ª parcela da PLR. Portanto, o patrão continua obrigado a pagá-la, mesmo após o sindicato dos empresários do segmento ter tentado, sem êxito, por fim a este benefício da classe durante a recente campanha salarial.

Já a 2ª parcela no mesmo valor deve constar na folha do mês de agosto. Ou seja, graças a existência e atuação da Federação Estadual da classe (Ftigesp), que coordenou essa campanha com os respectivos sindicatos de cada região onde há jornais, a exemplo do STIG da Baixada Santista, centenas de gráficos deste tradicional segmento continuam protegidos. A ação do movimento sindical também garantiu a manutenção de todos os demais direitos convencionados por mais um ano. Ademais, apesar do baixo número dos gráficos sindicalizados, garantiu a recomposição salarial de todos frente à inflação anual, apesar do patronal não querer.

O resultado positivo da coordenação da Ftigesp e ação dos Sindicatos (STIGs) em favor dos trabalhadores dos jornais, que evitaram prejuízos sobre o salário e a extinção da PLR, dentre outras exigências patronais, mostra que as entidades sindicais têm representado bem a classe. Mas a baixa sindicalização dos profissionais associada aos efeitos negativos da nova lei da reforma trabalhista, fragilizando inclusive a ação sindical, podem ameaçar a continuidade da proteção da categoria, ora verificada.

Desse modo, levando em consideração que a Ftigesp e os STIGs têm feito o seu papel, a exemplo da garantia atual da PLR e demais direitos, chegou a hora do gráfico decidir se para manter seus direitos protegidos fortalecerá tais entidades sindicais no estado. "Se sim, é preciso ajudar financeiramente com um dia do seu salário para tais órgãos, bem como se sindicalizarem e fortalecerem econômica e politicamente a categoria", pontua Leonardo Del Roy, presidente da Federação Estadual da classe.

Do contrário, o experiente sindicalista alerta que além das dificuldades para renovar novamente o direito à PLR, que é bem superior que um dia de salário de cada gráfico, sem falar nos outros direitos convencionados, a classe ainda não terá a Ftigesp e STIGs para combaterem os vários prejuízos que podem ser aplicados pela nova lei da reforma trabalhista.

written by FTIGESP