Fev 09

Na última semana, cada um dos gráficos da antiga empresa Safran, em Taubaté, que pertencia a multinacional Morpho, embolsou R$ 2 mil além do salário. O dinheiro extra, equivalente a só uma parcela do benefício financeiro da Participação nos Resultados (PR), foi garantido devido a luta do Sindicato da classe (STIG) que garantiu o acordo com a empresa ainda no ano passado. Nele, os trabalhadores puderam receber agora até mais do que era previsto inicialmente, porque foi estabelecido que o valor poderia aumentar à depender das metas definidas à época. Como os gráficos superaram em 10% o teto da meta, foram compensados com mais dinheiro. No total, receberam R$ 3,5 mil de PR - três vezes maior que o valor médio que ganha os gráficos do restante do estado paulista.

"Pelo planejamento, a maior meta posta no Programa de Participação de Resultados da empresa era de 120,01%. Mas os gráficos superaram em 10% este percentual", diz Sandro Ramos, diretor do STIG. O dirigente não esconde a alegria em ter proporcionado este direito aos gráficos de lá, através do acordo em questão, que fez valer o esforço deles no local em troca de um benefício financeiro interessante, sobretudo em tempo da crise atual do Brasil, pautado pelo desemprego e retirada de direitos.
Desse modo, eles receberam R$ 1,5mil em julho/17 e agora R$ 2 mil.

Contudo, o sindicalista não esconde a frustração diante da resposta que a maioria desses gráficos beneficiados dão ao STIG. Não reconhecem a luta do órgão e desconsideram a necessidade de ajudar na manutenção de um sindicato operante em prol deles mesmos. "Eles fazem oposição à contribuição sindical, não se associam e tem até os que se desfiliam, apesar da garantia da maior PR das gráficas no estado, além do abono salarial, redução do desconto salarial em função do vale transporte, o implemento do ticket alimentação, vale cesta básica e etc.", diz Ramos.

"O STIG Taubaté tem estado sempre ao lado da classe, garantindo não só benefícios econômicos como a PR e os demais, mas ainda atua em defesa da saúde dos gráficos, a exemplo dos trabalhadores da antiga Safran", parabeniza Leonardo Del Roy, presidente da Federação dos Gráficos do Estado (Ftigesp), entidade que o STIG é filiado. Contudo, o dirigente experiente é curto e grosso na hora de dizer a consequência para todos gráficos se continuarem com a opção de não sindicalizar-se e ajudar o seu sindicato a defendê-los: com a lei da reforma trabalhista do Temer, a situação vai destruir o sindicato, e, consequentemente, a única entidade que defendia cada um, seja grato ou ingrato. Ele alerta que não faz sentido destruir a entidade que os defendem. Sindicalize-se AQUI!

written by FTIGESP