Nov 29

Embora a reforma trabalhista estimule equivocadamente o empresariado a desvalorizar a sua mão de obra com precários contratos e uma série de precariedades sobre os direitos e remuneração dos funcionários, a parte mais importante da produção continua sendo os profissionais. Portanto, o Sindicato dos Gráficos (STIG) de Taubaté e região, entidade filiada à Federação estadual da categoria (Ftigesp), se mantêm lutando contra a aplicação desta injusta lei e pressão patronal para efetivá-la. O primeiro resultado acaba de chegar para os gráficos da OT Morpho em Taubaté. O STIG garantiu a manutenção de direitos com reajuste no valor, alguns deles superiores à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da classe.

"Nesta quinta-feira (30), por exemplo, independente da lei trabalhista, as centenas de gráficos da Morpho recebem abono salarial e com reajuste de 3% em relação ao valor pago no ano passado", fala satisfeito Sandro Ramos, que é diretor do sindicato. Com isso, cada empregado ganhará R$ 793. O valor integral é pago para quem laborou de dez/16 a nov/17 e pago proporcionalmente de acordo o tempo trabalhado neste período. O abono é justo e todas as empresas deveriam pagá-lo. Mas, infelizmente, com a reforma trabalhista, o sindicato patronal vai na direção inversa na campanha salarial. Exigiu até o fim do pagamento da PLR e hora-extra.

Além da conquista do abono salarial, mesmo neste cenário adverso, o STIG Taubaté também garantiu para os gráficos da Morpho a garantia de outros direitos e com reajuste no valor deles. Aconteceu com o ticket alimentação diário e a cesta de alimentos. Esses benefícios alimentícios passaram para R$ 18,28 e R$ 117,94 respectivamente. Os profissionais da empresa ainda continuarão a pagar menos pelo vale transporte. A lei permite o desconto sobre o salário de 6%, mas continuará sendo 4,5%.

Apesar dessa conquista, continuam ameaçados os direitos coletivos dos gráficos da Morpho e das demais gráficas de Taubaté e do estado frente os efeitos da reforma trabalhista e da pressão do sindicato patronal para aplicá-la e para retirar os direitos convencionados da categoria. "Se não tivermos sucesso nas negociações da atual campanha salarial unificada da classe no estado, os prejuízos serão amplos", alerta Sandro a classe que ainda continua desnorteado quando os efeitos maléficos da reforma.

O dirigente, que convoca os gráficos para reagirem a opressão patronal, lembra que a lei da reforma regulamentou a precarização do trabalho e os direitos dos empregados, independente daqueles que ainda duvidam, sendo urgente e preciso uma reação conjunta de todos trabalhadores.

written by FTIGESP