Dez 09
Estratégias de sindicalização de gráficos e de outras categorias foram levantadas em evento internacional na cidade colombiana de Medellín durante um encontro paralelo a 4ª Conferência da UNI Américas nesta terça-feira (6). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Gráficos (STIG) de Barueri/Osasco e dirigente da Federação paulista da classe (Ftigesp), Álvaro Ferreira, que participou da atividade, expôs algumas de suas experiências à frente do STIG referente as iniciativas e dificuldades para sindicalizar, bem como ouviu relatos de outros dirigentes, inclusive do presidente do STIG Jundiaí e também dirigente da Ftigesp, Leandro Rodrigues, além das vastas experiências de gráficos de outros países, bem como de sindicalistas dos papeleiros, comerciários, vigilantes e etc.

O Fórum de Sindicalizadores da UNI Américas agregou várias dirigentes experientes do movimento sindical das três Américas, com destaque aos gráficos brasileiro e argentino Leonardo Del Roy (presidente da Ftigesp), João Luis (presidente do STIG Niterói/RJ) e Adriana Rosenzvaig (atual secretária geral da UNI Américas e ex-secretária geral da UNI Global - entidade intersindical mundial que reúne gráficos e diversas categorias).

"Foi um momento rico de informação e troca de saberes e experiências sobre este tema, mas, infelizmente, constatamos que continua em alta a política antissindical dos patrões nas Américas em todas as categorias", relatou Álvaro Ferreira. No caso dos gráficos, em especial, o que mais chamou a atenção do dirigente foi o relato dos sindicalistas uruguaios referente aos abusos cometidos pela gráfica multinacional Quebecor. A empresa demitiu cerca de 300 trabalhadores após se sindicalizarem em demonstração de violação à liberdade e organização sindical. Não sabe-se informar ainda se eles receberam as verbas rescisórias. Vários outros relatos de abusos nas unidades da Quebecor logo surgiram no evento.

Na ocasião, sob a liderança da UNI Américas, gráficos e outras classes puderam socializar uma gama de desafios contra o movimento sindical. Na sequência, puderam analisar e traçar conjuntamente as estratégias de resistência da organização e a sindicalização da classe trabalhadora. "Foi um grande evento, onde, além da troca de experiências, nos uniu cada vez mais, porque integrou todos do movimento sindical de classes e países distintos das Américas para somar seus conhecimentos com o objetivo de fortalecer e manter constante o debate e a nossa batalha em defesa dos gráficos e de toda a classe trabalhadora", concluiu Ferreira.

written by FTIGESP