Fev 07
Editora Três relança Status
A Editora Três apresenta nesta semana a agências de publicidade e anunciantes o relançamento de sua publicação Status - maior investimento da companhia nos últimos dois anos e meio, equivalente ao montante que foi investido na infraestrutura digital da empresa. A revista começa a circular em abril.
A retomada da publicação coincide com a chegada, ainda não anunciada oficialmente, da GQ (Gentlemen's Quarterly) no Brasil. A GQ será licenciada e publicada, no País, pela associação entre a Condé Nast e Editora Globo. Com os dois novos títulos, o segmento de revistas masculinas mensais, dominado quase que na totalidade pela Editora Abril com a Playboy, Alfa, Vip e Men's Health, passa a ser disputado pelas três principais editoras brasileiras. Meio & Mensagem

Empresas devem orientar os chefes para evitar casos de assédio, diz juíza
O assédio moral nas relações de trabalho ocorre tanto na iniciativa privada quanto nas instituições públicas. É caracterizado pela exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e relativas ao exercício de suas funções.
Para a juíza Carla Leal, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho em Mato Grosso (Amatra-MT), cabe às empresas orientar seus empregados, que exercem função de chefia, para que esse tipo de ação seja coibida.
"O assédio moral sempre existiu e, à medida que as pessoas tem tomado conhecimento dele, a visibilidade tem sido maior, fazendo com que elas procurem por seus direitos", disse.
No assédio, a "vítima escolhida" é isolada do grupo, sem explicações. Passa a ser hostilizada, ridicularizada e desacreditada no seu local de trabalho. O medo do desemprego, e a vergonha de virem a ser humilhados, associados ao estímulo constante da concorrência profissional, os tornam coniventes com a conduta do assediador.
Quando ocorre este tipo de situação, a juíza Carla Leal explica que o trabalhador pode fazer uma denúncia para que seja feita uma fiscalização ou até mesmo ajuizada uma ação. Para tanto, lembra que é preciso ter em mãos algum tipo de prova.
"Como é o trabalhador que alega, cabe a ele mostrar. O assédio moral não é feito publicamente e isso pode ser feito por palavras ou mesmo por email. Então, é preciso juntar dados para que um dia possa receber a indenização por danos morais", disse.
O empregado pode entrar com ação no Ministério do Trabalho e também na Justiça do Trabalho, onde pode pedir indenização por danos morais. E, se estiver ainda trabalhando, pode pedir a rescisão indireta: neste caso, se o juiz reconhecer que o trabalhador cometeu violação ao contrário, o contrato de trabalho é rompido por culpa do empregador.
"O assédio pode ocorrer em diversas formas como, por exemplo, ações de desvalorização extrema. É a conduta reiterada visando a desvalorização do empregado. Normalmente, o superior se sente inseguro com a presença de determinado empregado e passa a diminuí-lo perante os demais ou colocando metas que não se pode cumprir", disse.
Assédio Moral
O assédio moral no trabalho caracteriza-se pela exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e relativas ao exercício de suas funções.
Tais práticas evidenciam-se em relações hierárquicas autoritárias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes, dirigidas a um ou mais subordinados, entre colegas e, excepcionalmente, na modalidade ascendente (subordinado x chefe), desestabilizando a relação da vítima.
Estudos sobre o tema confirmam que a humilhação constitui um risco "invisível", porém concreto, nas relações de trabalho e que compromete, sobretudo, a saúde das trabalhadoras.
É comum os colegas romperem os laços afetivos com a vítima e reproduzirem as ações e os atos do agressor no ambiente de trabalho. O medo do desemprego, e a vergonha de virem a ser humilhados, associados ao estímulo constante da concorrência profissional, os tornam coniventes com a conduta do assediador. DIAP

Dieese: salário mínimo deveria ser R$ 2.194 em janeiro deste ano
SÃO PAULO - O brasileiro precisaria de um salário mínimo no valor de R$ 2.194,76 em janeiro deste ano, para conseguir arcar com suas despesas básicas, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A entidade verificou que são necessárias 4,06 vezes o valor do salário mínimo para suprir as demandas do trabalhador. O cálculo foi feito com base no mínimo de R$ 540, em vigor desde o início deste ano.
Em dezembro do ano passado, o valor necessário para suprir as necessidades mínimas do trabalhador era de R$ 2.227,53 - 4,37 vezes o mínimo vigente de R$ 510.
O salário mínimo necessário é o que segue o preceito constitucional de atender às necessidades vitais do cidadão e de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, sendo reajustado periodicamente para preservar o poder de compra.
Cesta versus salário
Em janeiro, o comprometimento da renda com os gastos da cesta básica alcançava, em média, 46,96% do salário mínimo, ante os 48,51% necessários em dezembro. Confira o movimento do salário mínimo vigente e o necessário de janeiro de 2010 ao mesmo mês deste ano: Fonte: Dieese

Reunião entre Centrais e governo sobre o mínimo termina sem acordo
A segunda rodada de negociações entre as Centrais Sindicais e o governo federal sobre o reajuste do salário mínimo não chegou a um acordo, após três horas de reunião. O encontro realizado em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (4), teve a presença de representantes da CUT, Força Sindical, CGTB, UGT, Nova Central e CTB. Pelo governo participaram os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-geral da Presidência), Guido Mantega (Fazenda) e Carlos Lupi (Trabalho).
Os sindicalistas deixaram a reunião denunciando que a política de valorização do salário mínimo, iniciada no governo Lula, está sendo rompida apesar do executivo insistir no discurso de que vai apresentar uma proposta nesse sentido ao Congresso. O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (Paulinho), reclamou que “o governo propõe uma política de valorização do mínimo, mas não teve acordo sobre o valor do salário mínimo para este ano”.
O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva, disse que o encontro foi frustrante. Para ele, o governo apresentou “argumentos totalmente fora da realidade” para não aumentar o Piso nacional acima dos R$ 545 já oferecidos. Ele ressaltou que, caso não haja um acordo, os sindicalistas pretendem levar a discussão sobre o mínimo para o Congresso Nacional. Centrais e o governo devem se reunir novamente na semana que vem.
IR - Sem consenso sobre o valor do mínimo, as negociações sobre os outros pontos da pauta – correção da tabela do Imposto de Renda e aumento das aposentadorias e pensões com valor acima do salário mínimo – ficaram comprometidas. “A impressão que tenho é de que o governo quer trocar a correção na tabela do imposto de renda pelo valor do salário mínimo, e isso não vamos aceitar”, disse Paulinho.
Protesto - Enquanto a reunião ocorria, no escritório da Presidência da República em São Paulo, na avenida Paulista, sindicalistas realizaram uma concentração no local com faixas e panfletos reivindicando o aumento do salário mínimo para R$ 580. Fonte: Agências

Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP