Nov 06

Uma semana após o anúncio dos empresários de querer arrancar a PLR dos gráficos do Estado, reduzir cerca de R$ 400 o piso dos gráficos do setor de Acabamento, rebaixar os maiores salários nas empresas e do adicional noturno, além de não recompor os salários diante da inflação, a revolta da categoria já havia chegado ao Noroeste de São Paulo. Os trabalhadores da Tilibra na Região de Bauru, por exemplo, deram sinal de que não aceitarão retirada de direitos, nem redução de salários. Os gráficos cruzaram os braços para ouvir o sindicato local (STIG), liderado por Amilton Kauffmam, acompanho dos STIGs Jundiaí, Guarulhos, São Paulo, Taubaté e Marília, além dos sindicatos parceiros de Químicos de Bauru e Pau Sul. A atividade sindical, que foi realizada nesta terça-feira (3), integrou a Campanha Salarial Unificada da classe, coordenada pela Federação Estadual do setor (FTIGESP). Na ocasião, os funcionários da Tilibra rechaçaram a proposta patronal e reivindicaram melhorias nos direitos e ganho real. Horas antes, assembleias ocorriam nas empresas Tiliform e Etiquetel. Os empregados também reprovaram os patrões.


"Os trabalhadores deram um sonoro NÃO à proposta dos empresários, que foi apelidado pelo movimento sindical de 'pacote de malvadezas', face ao tamanho da agressão sugerida para os seus empregados", diz Kauffman, agradecido ao total apoio dos gráficos e dos sindicalistas nas assembleias realizadas em Bauru. O gráfico Fábio Moraes da Tilibra, presente na atividade, contou que o sentimento dos funcionários é de revolta com a proposta indecente dos empresários na última rodada de negociação. "Estamos juntos ao movimento sindical e entraremos na briga, porque, sabemos que unidos somos sempre mais fortes", disse o funcionário.

O coordenador da Força Sindical naquela região, José Carlos, estava presente na assembleia e fez questão de destacar o trabalho realizado pelo Kauffmam e aproveitou para declarar total apoio em caso de outras necessidades frente à insistência da proposta patronal indecente. "A proposta dos empresários é vergonhosa", destacou a representante da ala feminina da categoria em Bauru, Vera Regina. Eis o motivo de tanto apoio sindical e a participação dos trabalhadores por onde passam os STIGs pelas empresas. "A revolta é ampla e total", avalia o presidente do STIG Jundiaí, Leandro Rodrigues. Ele que também é secretário geral da FTIGESP antecipa que se o sindicato patronal não retirar tal proposta indecente na próxima terça-feira (10), na 3ª rodada de negociação, e não apresentar resposta a pauta de reivindicação dos trabalhadores, as atividades nas portas das empresas em todo o Estado serão ampliadas.

"Por onde passamos, desde a semana passada em várias regiões do Estado, os trabalhadores têm reprovado a proposta patronal e vamos devolvê-lo na próxima terça na mesa de negociação ", avisa Francisco Wirton, presidente do STIG Guarulhos. Sandro Ramos, outro presidente, sendo que do STIG Taubaté, percebe que os funcionários estão cada vez mais conscientes da situação e estão se posicionando ao lado dos sindicatos e devem marchar em defesa de seus direitos e ganho real. "Os gráficos estão muito descontentes com a posição dos patrões e isso está estimulando a categoria para participar das atividades em massa", avalia o presidente do STIG Marília, Sousa, presente na assembleia.

Fátima Ferri, que é uma ex-funcionária da Tilibra e atual dirigente do STIG Bauru, diz que os empresários deveriam, no mínimo, ter dado a recomposição da inflação e sem parcelamentos, ao invés de arrochar os seus funcionários com proposta de apenas 7 por cento, dividida em duas vezes, quando a inflação já beira os 10 por cento. Os empresários também erram ao querer arrancar direitos nesse período de crise financeira, onde, sem dúvidas, os trabalhadores já são as maiores vítimas desse cenário. "Não existe nada na proposta patronal que condiz com a nossa vida", critica Niwdo Tavares, diretor do STIG São Paulo, também presente na ação. Ele avalia que este é o motivo da revolta generalizada dos funcionários, pois os empresários decidiram fazer uma proposta absurda, mesmo indo muito contra seus trabalhadores, prejudicando a vida de cada gráfico.

written by FTIGESP

Nov 05

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Nov 05
Neste quarta-feira (4), o STIG Guarulhos e diversos outros STIGs promoveram uma assembleia dos gráficos da Cartonagem Jauaense, na cidade de Jaú. Os ttabalhadores reprovam a pauta do patrão.

FONTE: STIG GUARULHOS 

written by FTIGESP

Nov 05
Para alertar aos trabalhadores sobre as propostas insatisfatórias do patronal, o STIG Taubaté/Osasco está indo de porta em porta nas empresas! Na terça-feira, 3/11, foi a vez de realização de Assembleia com os gráficos da Antilhas, quando os trabalhadores recusaram as propostas do patronal. Nosso Sindicato continuará indo conversar com todos trabalhadores da base para deixa-los cientes sobre as migalhas que estão nos oferecendo! Vamos nos unir para conquistar mais!

FONTE: STIG BARUERI/OSASCO 

written by FTIGESP

Nov 04

Em menos de 24 horas, após o setor gráfico empresarial do Estado de São Paulo anunciar aos sindicatos dos trabalhadores, na última semana, que arrancarão a PLR dos funcionários, reduzirão salários e muito mais, a categoria iniciou forte reação no Estado. Por vários dias seguidos, assembleias estão sendo feitas e a revolta dos gráficos cresce quando os sindicatos falam as maldades do patronato, que, usa a crise para tirar a PLR, reduzir cerca de R$ 400 do salário do pessoal do Acabamento, baixar os maiores salários, reduzir 15 por cento do adicional noturno e reajustar o salário abaixo da inflação e parcelado. Os trabalhadores, por sua vez, estão reprovando tais intenções. Os gráficos da Região de Taubaté, por exemplo, garantem que ninguém retirará direitos e reduzirá salários. Os funcionários da Mopho Brasil, maior empresa do setor no local, assim como os empregados da Editora Santuário, Tamoios e da Same, dentre outras, entraram na briga e prometem reagir frente à ofensiva patronal.

"Faremos mais assembleias noutras empresas da região e nas demais do Estado, porque os trabalhadores precisam saber o que ocorrerá com eles se não entrarem na luta conosco", fala Sandro Ramos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas (STIG) de Taubaté. O dirigente avalia que só uma reação geral da categoria pode reverter a sanha patronal sobre direitos e salários. E é isso que está acontecendo no Estado. A revolta dos gráficos iniciou pela região de Jundiaí, onde a maioria dos funcionários da empresa Gonçalves cruzou os braços para ouvir os sindicatos e logo depois repudiar a intenção patronal. Essa revolta também tomou conta dos gráficos da Morpho Brasil, na região de Taubaté, durante uma grande assembleia na última sexta-feira (30/10), onde todos os funcionários cruzaram os braços para reprovar os patrões e exigir melhorias nos salários e no abono salarial. A grande assembleia contou com o apoio dos STIG São Paulo, Jundiaí, Guarulhos, Sorocaba e Piracicaba, além de outras categorias parceiras, como do setor têxtil.

"A Morpho já se mostrou aberta para reajustar o abono e discutir outras melhorias, inclusive haverá uma negociação entre a empresa e o STIG nesta quinta (5) para acertar os detalhes", adianta Ramos. A presença e o apoio de todos os trabalhadores junto ao STIG é que faz a diferença em qualquer negociação. E os gráficos da Morpho, como já visto no ano passado, ao entrarem numa greve frente à negação de tal abono, estão com o STIG. O presidente do STIG Guarulhos, Francisco Wirton, que esteve presente na assembleia, frisou a unidade desses gráficos ao seu STIG, como um dos pontos forte da classe para buscar reverter o pacote de maldades patronal. "Todos os trabalhadores estão de parabéns pelo compromisso em prol dos seus direitos, com destaque às funcionárias", disse na assembleia Everaldo Nascimento, diretor do STIG Sorocaba.

"Os gráficos da Mopho repudiaram, acertadamente, a proposta patronal de reajuste salarial menor que a inflação, estamos junto deles e do STIG Taubaté em defesa do justo aumento e sem parcelamento", falou Ariadi de Araújo, do Sindicato dos Têxteis da Região, presente na atividade. A inflação beira os 10 por cento,  mas os patrões querem dar só 7 por cento e parcelado em duas vezes (4 por cento novembro e 3 por cento maio/2016). Eugênio Morato, do STIG de Piracicaba, na assembleia, assegurou que nenhum sindicato dos gráficos aceitará índice menor que a inflação. "Queremos é ganho real", pontuou Eugênio e também Valdir Ramos, diretor do STIG Jundiaí. O dirigente do STIG São Paulo, Niwdo Carvalho, também na ação, endossou a posição e disse que todos os sindicatos estão junto em prol de melhoramento do poder aquisitivo dos gráficos do estado, sobretudo, diante da alta inflação do período, que tem coroído o salário de todos.

Melhorias nos direitos dos trabalhadores também estão sendo tratadas na Editora Santuário, situada em Aparecida, região de atuação do STIG Taubaté, que realizou uma assembleia um dia antes da feita na Morpho. No mesmo dia, outra assembleia foi realizada pelo sindicato na Gráfica Tamoio, em São José dos Campos. "A revolta de todos os trabalhadores é grande, principalmente, ao saber da intenção dos patrões em relação a arrancar direitos e reduzir salários", conta Sandro. Todos reprovaram o desejo patronal. O mesmo ocorreu um dia antes na assembleia com os funcionários da empresa Same Embalagens, em Guaratinguetá, área de abrangência de representação também do STIG Taubaté.

A presidente do STIG Taubaté, Márcia Maria, avalia como muito positiva e relevante a participação e posição dada pelos trabalhadores até agora. Ela analisa ainda que a reação e a revolta dos gráficos diante do pacote de maldades dos empresários deve continuar crescendo na região e em todas as gráficas do Estado. Todos os STIG planejam realizar atividades nas empresas de suas regiões. E as assembleias conjuntas continuarão fortes nesta semana, a começar nas regiões de Bauru, Jaú e Sorocaba. Ela diz que até o dia 10, data que ocorrerá nova rodada de negociação com o sindicato patronal, outras ações sindicais estão na programação da Campanha Salarial Unificada dos Gráficos do Estado de SP, onde o tema é 'Avançar nos direitos sim, retroceder nas conquistas jamais'.

written by FTIGESP

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